Na política desde 1978, o senador alagoano Renan Calheiros, do MDB, quer conquistar a presidência do Senado pela quinta vez.
Colecionador de inquéritos criminais engavetados pelo STF, o companheiro de Lula já foi protagonista de diversos escândalos na Casa. Chamado nos corredores do parlamento de cangaceiro, Calheiros sempre dá um jeito de voltar a sentar na cadeira de presidente. As articulações pesadas acontecem enquanto os eleitores dormem, quando desligam as câmeras da TV Senado, na surdina. Alguém deve algo para Renan?
No escarcéu de 11 anos atrás, o parlamentar foi acusado de receber dinheiro ilícito de lobistas, que teriam pago inclusive a pensão alimentícia de uma filha de Renan com a jornalista Mônica Veloso, mas o STF foi generoso e absolveu o emedebista da acusação em setembro deste ano.
Um dos nomes fortes para disputar a presidência do Senado com Renan é Tasso Jeireissati, do PSDB. O tucano é apresentado como solução “menos pior”. Não é lá uma Brastemp, mas também não leva jeito para Lampião.
Quem não deve algo para Renan Calheiros? Alvo de inúmeras investigações na Lava Jato?
O Senado continuará sendo cangaço da velha política?
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